Espírito e espírito
A dualidade Espírito e Matéria é discutida pelo ser humano desde que este tomou consciência de si mesmo. E não está restrita às castas sociais mais esclarecidas. É uma discussão geral!
Para uns a matéria e o espírito estão juntos no ser humano, para outros são coisas distintas.
Pela Doutrina Espírita, entretanto, há uma nova abordagem do tema e é o que esta postagem e as subsequentes vem discutir. Vamos começar pelo espírito.
Cabe aqui diferenciar duas coisas que são correlatas, mas não iguais, as quais usamos o mesmo termo para as designar: Espírito e espírito.
Para o iniciante espírita pode parecer confuso mas realmente não é: o termo Espírito, com inicial maiúscula se refere aos "seres que habitam o mundo dos espíritos, fora do mundo material", ou ainda, e que vem a ser a mesma coisa, "às almas dos homens que já deixaram a Terra". Por outro lado, o termo espírito, se refere "ao princípio inteligente do Universo", o qual é o contraponto para o "princípio material", isto é, o princípio do que a matéria é feita. Podemos pensar em termos do átomo que é para nós o "princípio material". Em contrapartida, conjectura-se (até mesmo espera-se) a existência de um átomo espiritual (há mesmo pesquisadores espíritas que já o conceberam! - vide Hernani Guimarães Andrade)
Vamos primeiramente focar no conceito de espírito, com inicial minúscula.
Para o Espiritismo, fundamentalmente, espírito e matéria formam tudo o que existe no Universo: de planetas à inteligência, de átomos ao amor. E acima de tudo Deus, que criou e mantém, pelas suas leis, as coisas como são.
Entretanto para o espírito atuar na matéria, em outras palavras, para que coisas como inteligência e amor tenham algum efeito material notável, é necessário que haja um elemento intermediário entre a matéria e o espírito. Este elemento intermediário é algo difícil de conceber: uma "inteligência mais material (pensamento??)" ou um "amor mais material (sensações??)", ou ainda "uma matéria mais energética (fótons??)" ou "uma matéria mais perfeita (ondas eletromagnéticas??).
Cabe ao elemento intermediário fazer a ligação entre o espírito e a matéria, de tal sorte que acabam se confundindo no ponto de contato. Entretanto, o Espiritismo é dualista: espírito e matéria são independentes um do outro. Isto é o oposto ao materialismo, que considera a inteligência como um atributo (uma qualidade) da matéria, que apareceu no Universo em seres orgânicos apropriado, devido ao aumento da complexidade dos sistemas destes.
Por outro lado, o termo Espírito, se refere aos seres que se designam sob este nome e que nos vem contar da existência de um mundo todo novo, após a morte do corpo físico. Bom, o iniciante espírita pode perguntar: e aí, não é a mesma coisa que você escreveu acima? A resposta: não, não é a mesma coisa, apesar de bastante semelhante.
A existência de um mundo espiritual, indica que há outros mundos invisíveis, e que o homem (físico, encarnado na Terra) estava longe de suspeitar, assim como a existência de micróbios, desvendados pelo microscópio, e das galáxias, desvendadas pelos telescópios, formam outros tantos mundo invisíveis. A propósito, o mundo dos Espíritos foi desvendado pela mediunidade.
Se no homem há inteligência, amor, sentimento, há espírito (princípio espiritual), pois que uma mesa é material, mas não pensa, não tem emoções. Se há espírito, há o princípio espiritual em si mesmo, não lhe é externo. Agora cabe a questão se é ou não um atributo da matéria, isto é, se o espírito é ou não consequência da complexidade dos sistemas materiais.
Com a mediunidade descobrimos que não: os fatos mostram a existência de um mundo invisível, onde habitam seres inteligentes, com sentimentos e emoções. Na verdade os seres desse mundo, por dotados de inteligência, puderam se corresponder conosco e nos contaram que formam o mundo dos seres espirituais, das almas dos homens que já deixaram a Terra pela morte do corpo físico.
Aqui se patenteia algumas coisas: se os Espíritos são inteligentes, então neles há um princípio da inteligência, o espírito; que este espírito é independente do corpo físico, pois pode ter uma existência extrafísica, como Espírito; que este princípio espiritual pode estar hora com a forma humana material (encarnado), hora com a forma humana espiritual (desencarnado); que esta forma para nós não é visível no seu estado normal, pois que somente em alguns casos podemos apreciá-la; que esta forma não é tão material quanto a nossa; que este ser é o próprio homem depois da morte, ou melhor, a sua mente, e, por isso mesmo, seu princípio espiritual é sobrevivente à morte e, portanto, independente da matéria.
Estes serem chamam a si mesmos de Espíritos. Portanto os Espíritos são formados pelo princípio espiritual (o espírito) e mais alguma coisa, que lhe permite fazer contato conosco (com o mundo material). Se o princípio espiritual (o espírito) tem ao menos duas existências (pelo que sabemos por enquanto, mas não duvidaria de mais), em corpos físicos e extrafísicos, então ele é independente da matéria (ao menos da matéria que conhecemos) e, portanto, configura-se aqui o dualismo.
O Espiritismo é dualista não por dogma, nem mesmo pela revelação, mas é a conclusão que se chega naturalmente quando se raciocina sobre os fatos que nos chega à observação!
Resumo da prosa: o espírito é o princípio que se individualiza hora no homem encarnado (ser que povoa o mundo material), hora no Espírito (ser que povoa o mundo espiritual). Que este outro mundo é um mundo como o nosso, somente que invisível (diria até mesmo material, se bem que de uma matéria diferente da nossa e que guarda pontos de contato com o princípio espiritual).
Por hoje está de bom tamanho. Já é a minha postagem mais longa...
Para uns a matéria e o espírito estão juntos no ser humano, para outros são coisas distintas.
Pela Doutrina Espírita, entretanto, há uma nova abordagem do tema e é o que esta postagem e as subsequentes vem discutir. Vamos começar pelo espírito.
Cabe aqui diferenciar duas coisas que são correlatas, mas não iguais, as quais usamos o mesmo termo para as designar: Espírito e espírito.
Para o iniciante espírita pode parecer confuso mas realmente não é: o termo Espírito, com inicial maiúscula se refere aos "seres que habitam o mundo dos espíritos, fora do mundo material", ou ainda, e que vem a ser a mesma coisa, "às almas dos homens que já deixaram a Terra". Por outro lado, o termo espírito, se refere "ao princípio inteligente do Universo", o qual é o contraponto para o "princípio material", isto é, o princípio do que a matéria é feita. Podemos pensar em termos do átomo que é para nós o "princípio material". Em contrapartida, conjectura-se (até mesmo espera-se) a existência de um átomo espiritual (há mesmo pesquisadores espíritas que já o conceberam! - vide Hernani Guimarães Andrade)
Vamos primeiramente focar no conceito de espírito, com inicial minúscula.
Para o Espiritismo, fundamentalmente, espírito e matéria formam tudo o que existe no Universo: de planetas à inteligência, de átomos ao amor. E acima de tudo Deus, que criou e mantém, pelas suas leis, as coisas como são.
Entretanto para o espírito atuar na matéria, em outras palavras, para que coisas como inteligência e amor tenham algum efeito material notável, é necessário que haja um elemento intermediário entre a matéria e o espírito. Este elemento intermediário é algo difícil de conceber: uma "inteligência mais material (pensamento??)" ou um "amor mais material (sensações??)", ou ainda "uma matéria mais energética (fótons??)" ou "uma matéria mais perfeita (ondas eletromagnéticas??).
Cabe ao elemento intermediário fazer a ligação entre o espírito e a matéria, de tal sorte que acabam se confundindo no ponto de contato. Entretanto, o Espiritismo é dualista: espírito e matéria são independentes um do outro. Isto é o oposto ao materialismo, que considera a inteligência como um atributo (uma qualidade) da matéria, que apareceu no Universo em seres orgânicos apropriado, devido ao aumento da complexidade dos sistemas destes.
Por outro lado, o termo Espírito, se refere aos seres que se designam sob este nome e que nos vem contar da existência de um mundo todo novo, após a morte do corpo físico. Bom, o iniciante espírita pode perguntar: e aí, não é a mesma coisa que você escreveu acima? A resposta: não, não é a mesma coisa, apesar de bastante semelhante.
A existência de um mundo espiritual, indica que há outros mundos invisíveis, e que o homem (físico, encarnado na Terra) estava longe de suspeitar, assim como a existência de micróbios, desvendados pelo microscópio, e das galáxias, desvendadas pelos telescópios, formam outros tantos mundo invisíveis. A propósito, o mundo dos Espíritos foi desvendado pela mediunidade.
Se no homem há inteligência, amor, sentimento, há espírito (princípio espiritual), pois que uma mesa é material, mas não pensa, não tem emoções. Se há espírito, há o princípio espiritual em si mesmo, não lhe é externo. Agora cabe a questão se é ou não um atributo da matéria, isto é, se o espírito é ou não consequência da complexidade dos sistemas materiais.
Com a mediunidade descobrimos que não: os fatos mostram a existência de um mundo invisível, onde habitam seres inteligentes, com sentimentos e emoções. Na verdade os seres desse mundo, por dotados de inteligência, puderam se corresponder conosco e nos contaram que formam o mundo dos seres espirituais, das almas dos homens que já deixaram a Terra pela morte do corpo físico.
Aqui se patenteia algumas coisas: se os Espíritos são inteligentes, então neles há um princípio da inteligência, o espírito; que este espírito é independente do corpo físico, pois pode ter uma existência extrafísica, como Espírito; que este princípio espiritual pode estar hora com a forma humana material (encarnado), hora com a forma humana espiritual (desencarnado); que esta forma para nós não é visível no seu estado normal, pois que somente em alguns casos podemos apreciá-la; que esta forma não é tão material quanto a nossa; que este ser é o próprio homem depois da morte, ou melhor, a sua mente, e, por isso mesmo, seu princípio espiritual é sobrevivente à morte e, portanto, independente da matéria.
Estes serem chamam a si mesmos de Espíritos. Portanto os Espíritos são formados pelo princípio espiritual (o espírito) e mais alguma coisa, que lhe permite fazer contato conosco (com o mundo material). Se o princípio espiritual (o espírito) tem ao menos duas existências (pelo que sabemos por enquanto, mas não duvidaria de mais), em corpos físicos e extrafísicos, então ele é independente da matéria (ao menos da matéria que conhecemos) e, portanto, configura-se aqui o dualismo.
O Espiritismo é dualista não por dogma, nem mesmo pela revelação, mas é a conclusão que se chega naturalmente quando se raciocina sobre os fatos que nos chega à observação!
Resumo da prosa: o espírito é o princípio que se individualiza hora no homem encarnado (ser que povoa o mundo material), hora no Espírito (ser que povoa o mundo espiritual). Que este outro mundo é um mundo como o nosso, somente que invisível (diria até mesmo material, se bem que de uma matéria diferente da nossa e que guarda pontos de contato com o princípio espiritual).
Por hoje está de bom tamanho. Já é a minha postagem mais longa...
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